CONHECENDO AS VIRTUDES!



Falamos sobre conhecer bem os pequenos, seu temperamento e seus vícios que devem ser trabalhados. Mas quais são as virtudes e como trabalhamos ela no dia a dia? 

 
 

Virtudes   

      A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem. Permite à pessoa não somente praticar atos bons, mas dar o melhor de si mesma. A pessoa virtuosa tende para o bem com todas as suas forças sensíveis e espirituais; procura o bem e opta por ele em atos concretos. 

«O fim duma vida virtuosa consiste em tornar-se semelhante a Deus» (61). 

 
      As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Conferem facilidade, domínio e alegria para se levar uma vida moralmente boa. Homem virtuoso é aquele que livremente pratica o bem. 

As virtudes morais são humanamente adquiridas. São os frutos e os germes de atos moralmente bons e dispõem todas as potencialidades do ser humano para comungar no amor divino. 

Há quatro virtudes que desempenham um papel de charneira. Por isso, se chamam «cardeais»; todas as outras se agrupam em torno delas. São: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. «Se alguém ama a justiça, o fruto dos seus trabalhos são as virtudes, porque ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza» (Sb 8, 7). Com estes ou outros nomes, estas virtudes são louvadas em numerosas passagens da Sagrada Escritura. 
 
    As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão, informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para os tornar capazes de proceder como filhos seus e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. 
 

 

As virtudes no dia a dia das crianças  

Vamos conhecer um pouco sobre o que é cada virtude e ver alguns exemplos de como aplicá-las no dia-a-dia, mas cada um tem sua rotina familiar. O Espírito Santo os iluminará na melhor maneira de aplicar as virtudes em suas famílias.  

 
 

Prudência 

A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir, em qualquer circunstância, o nosso verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o atingir. É a prudência que guia imediatamente o juízo da consciência. O homem prudente decide e ordena a sua conduta segundo este juízo. Graças a esta virtude, aplicamos sem erro os princípios morais aos casos particulares e ultrapassamos as dúvidas sobre o bem a fazer e o mal a evitar. 
 
Aplicando a prudência no dia-a-dia: Preocupe-se com a habilidade de leitura dos seus filhos. Ser prudente requer lidar com informação. A leitura, portanto, é uma ferramenta indispensável. 

Ajude as crianças a desenvolver a sua capacidade de observação. Essa habilidade é muito importante para que eles possam compreender com profundidade situações envolvendo relações entre pessoas. 

Crie situações que as crianças precisem aprender a escutar. De novo, a necessidade de se informar está em jogo. Ouvindo bem as pessoas, adquirimos muitas informações. 

Faça-o refletir em suas tomadas de decisões sobre aquilo que será bom ou ruim. 
 
 

Justiça 

A justiça é a virtude moral que consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido. A justiça para com Deus chama-se «virtude da religião». Para com os homens, a justiça leva a respeitar os direitos de cada qual e a estabelecer, nas relações humanas, a harmonia que promove a equidade em relação às pessoas e ao bem comum. O homem justo, tantas vezes evocado nos livros santos, distingue-se pela retidão habitual dos seus pensamentos e da sua conduta para com o próximo. 

A justiça no dia-a-dia: Para quem tem mais de um filho sabe que muitas vezes em determinadas situações os pais devem tomar decisões justas mediante uma disputa de brinquedo ou uma situação de discussão. É interessante que os pequenos aprendam a refletir sobre o que fizeram e pensar o que seria o justo a ser feito, ajudando a reconhecer seus erros. 
Mesmo que não tenha mais de um filho essas situações podem acontecer ou outras situações onde o pai ou a mãe no dia a dia nota. 
 

Fortaleza 

A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. 

A fortaleza no dia-a-dia: É da fortaleza quem vem a nossa força em nos mantermos firmes diante das adversidades, assim diz o Catecismo da Igreja Católica. Ajudar as crianças a se manter firmes em suas escolhas quando sabe que estão corretos, a não deixar se influenciar por outras pessoas quando os impulsionam a fazer aquilo que sabe que não podem, faz com que eles se tornem pessoas firmes e tenham convicção daquilo que é correto, mesmo que alguém diga o contrário. 

 
 

Temperança  

A temperança é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos nos limites da honestidade. A pessoa temperante orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã discrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração. 

A temperança no dia-a-dia: Ajudando a controlar suas emoções, seus impulsos. Ensiná-los a se observar, e ter autodomínio em suas falas e suas atitudes. 
 

 

A fé é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que Ele nos disse e revelou e que a santa Igreja nos propõe para acreditarmos, porque Ele é a própria verdade. Pela fé, «o homem entrega-se total e livremente a Deus» (67). E por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus. «O justo viverá pela fé» (Rm 1, 17). A fé viva «actua pela caridade» (Gl 5, 6). 
 

Esperança  

A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. «Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez a promessa é fiel» (Heb 10, 23). «O Espírito Santo, que Ele derramou abundantemente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados pela sua graça, nos tornássemos, em esperança, herdeiros da vida eterna» (Tt 3, 6-7). 
 

Caridade 

A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. 
 
A fé, a esperança, e caridade no dia-a-dia: Ensiná-los que Deus existe, ter com eles o hábito da oração, mostrar que em meio as nossas dificuldades nós temos um Pai que olha por nós a todo momento e que podemos sempre falar com ele. Mostrar que podemos contemplar a Deus nos pequenos detalhes, desde ao som de um passarinho ou apenas olhar em volta.  
Ensinar que todos os dias nós devemos amar a Deus pois amando a Deus ele nos ama e sendo amados por Ele aprendemos a amar o próximo. 
 
    Sabemos que em determinadas faixas etárias algumas coisas ficam difíceis de compreender e sabemos que são crianças e que tudo é trabalhado gradativamente e com o tempo, é uma luta constante contra nós mesmos e nossas más inclinações. Portanto muita paciência e amor para ensiná-los sobre as virtudes. 
     Nós somos os maiores exemplos para eles e a forma mais fácil de se educar nas virtudes é se tornando um pai e uma mãe virtuosos, pois não adianta ensinar que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e no dia a dia as crianças observarem que Deus não está no centro de nossa família, não adianta ensinar sobre justiça se os pais são injustos uns com os outros a todo momento. Educando os filhos aprendemos também a nos educar! 



Referências


10 dicas para educar seus filhos para a prudência. Acesso em <https://www.semprefamilia.com.br/virtudes-e-valores/10-dicas-para-educar-seus-filhos-para-a-prudencia/>.

 Catecismo da Igreja Católica. Acesso em <http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s1cap1_1699-1876_po.html>.

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